Ele está lá em cada coisa que faço,
No espaço do infinito,
Nas ruas, lugares,
Sorrisos, lembranças,
Olhares,
Noites e dias,
Conversas, leituras, mensagens,
No meu pensamento.
Memórias,
Recordações,
Sentimentos,
Se você prestar atenção, vai vê-lo nas minhas ações e nos meus devaneios.
Em tudo que faço, sofrimento, dor, angústia.
Datas, semanas, meses.
Sempre estará lá, onde ninguém pode ver, mas ninguém pode me fazer esquecer.
Passa o tempo, mas não passam os momentos, o silêncio, o grito, a voz.
O eco distante trás de volta o sussurro das palavras, sim, elas mesmas, ortografia, sons, mas não conseguem expressar o quê?
O que está no coração do poeta que não desiste e continua a martelar,
Como se de repente as palavras criassem forma,
As formas criassem vida,
E a morte não existisse mais.
Sonho dos que praticam a magia das letras.
Juntam as letras, formam as sentenças com seus adjetivos, substantivos, verbos, concordância,
Instrumento dos que, mesmo sem expressar os sentimentos,
Teimam em escrever,
Na esperança de que as palavras deixem de ser palavras e se transformem em algo improvável, em um amor em um milagre.
A esperança de que as palavras criem vida,
Que a vida nos traga o que de melhor ele tem como um presente.
As palavras virem ações que transformem a cada dia nossos corações.
Daniel Agra, Professor de Ciências Humanas e Coordenador Pedagógico Secretaria de Educação de Pernambuco, Escritor e Membro da FEBACLA (Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes).Instagram do autor @euagra2
