Há em nós uma região desconhecida, silenciosa, mas atuante: a sombra. Na psicanálise, ela ganha contornos naquilo que reprimimos, negamos ou dissociamos de nossa identidade consciente. São desejos inconfessáveis, mágoas não elaboradas, traços de personalidade que não cabem no ideal que construímos de nós mesmos.
A sombra não é apenas o mal que tentamos sufocar, mas tudo aquilo que o Eu recusou para poder ser amado. Ela se forma no conflito entre o que somos e o que aprendemos que deveríamos ser. O superego, com seus mandamentos internalizados, ajuda a empurrar essas partes para o inconsciente. Mas, como bem sabemos, o recalque não anula apenas adia. Aquilo que se cala, retorna. Muitas vezes sob a forma de sintomas, lapsos, repetições dolorosas ou relações sabotadas.
Imagem por Freepik – Sem direitos autoriais – foto.
Refletir sobre a sombra é, na verdade, escutar esse retorno. É permitir que o inconsciente fale, que o estranho familiar o Unheimlich freudiano, ( que é o retorno de algo que foi reprimido do consciente, mas que está ainda presente no inconsciente), seja reconhecido. Quando acolhemos a sombra, não para nos rendermos a ela, mas para compreendê-la, deixamos de ser reféns de forças que desconhecemos.
O inconsciente insiste em existir. E quanto mais negamos nossas sombras, mais elas buscam se manifestar. Não somos feitos apenas de luz. O trabalho analítico é justamente abrir espaço para que o sujeito se encontre com sua verdade, sem idealizações, numa travessia ética de reconhecimento e transformação.
Aceitar a sombra é um ato psicanalítico de amor: amar a si mesmo, mesmo naquilo que não se orgulha. É aí que começa a verdadeira liberdade.
As opiniões expressas nesta matéria são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a posição deste veículo de comunicação.
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Léia Nametala
Sobre a Autora: Léia Nametala 📚
Léia Nametala é pedagoga, psicanalista, especialista em psicanálise infantil e doutoranda na Miesperanza University. Formada em Psicanálise pelo Instituto Bittencourt, também possui pós-graduação em Psicanálise.
Atua com atendimentos psicanalíticos, mentorias e integra o Clube do Livro Miesperanza. Além disso, escreve mensalmente para o Jornal Filosofar, abordando temas da psicanálise.
Que texto enriquecedor. É nesse reconhecimento do que nos fere, nos envergonha ou assusta que começamos, de fato, a nos conhecer. E assim, passo a passo, aprendemos a sustentar com totalidade quem somos de verdade. Sem máscaras, sem idealizações. O trabalho analítico nos convida a esse encontro sincero com tudo o que somos, inclusive o que foi rejeitado. Quando a sombra pode ser olhada, ela deixa de nos dominar por trás. E nesse gesto ético de escuta e amor, nasce a liberdade de ser.
Muito interessante esse texto sobre a “sombra”. A ideia de que temos uma parte da gente que a gente esconde ou nega, mas que não desaparece e insiste em aparecer de outras formas na nossa vida, faz bastante sentido, mesmo sem ser especialista no assunto.
Dá o que pensar sobre essas partes que a gente não gosta ou tem vergonha em nós mesmos e como é importante, por mais difícil que seja, olhar para elas em vez de fingir que não existem. Parece que é um caminho para se entender melhor e, no fim das contas, se aceitar mais. É uma reflexão profunda!
Leia vice sempre perfeita nas sua análisessempre acerta na mosca parece feito pra mim,mas muita gente se enquadra,pelo que entendi reconhecer minha própria sombra é confrontar parte de mim mesmo que podem não ser aceitáveis e creio que tenho muito para melhorar neste quesito, para que eu tenha maior entendimento de meus comportamentos e emoções e crescimento pessoal. 🙌
Parabéns, Léia, por mergulhar na reflexão sobre Nossas Sombras: O Inconsciente que Insiste em Existir.
Como você bem destaca, a sombra não se resume ao “mal” reprimido, mas abrange tudo que negamos em nós para sermos aceitos. São partes rejeitadas, potencialidades abandonadas, verdades silenciadas — tudo que o Eu excluiu em nome do amor alheio.
Que essa consciência nos liberte, pois, ao integrar nossas sombras, não nos tornamos mais escuros, mas mais inteiros.
Assunto importantíssimo para ser abordado e para refletir. Temos que conseguir dar mais atenção e reconhecer as nossas sombras para não nos travar e sabotar. Sabendo reconhecer e tratando-as conseguimos nos libertar e desenvolver muito mais nossas vidas. É libertador! Amei a abordagem! Amo acompanhar seus conteúdos, Leia. Você é uma excelente profissional!
A própria escolha do tema em questão nos revela o cuidado e a dedicação da autora no decorrer de seu discurso. Sinaliza com muita propriedade que quando entendemos o que nos atravessa a ressignificação acontece. Excelente e esclarecedora sua matéria! Parabéns pelo singular trabalho Léia Nametala!!!
A própria escolha do tema em questão nos revela o cuidado e a dedicação da autora no decorrer de seu discurso. Sinaliza com muita propriedade que quando entendemos o que nos atravessa a ressignificação acontece. Excelente e esclarecedora sua matéria! Parabéns pelo singular trabalho Léia Nametala!!!
Que texto enriquecedor. É nesse reconhecimento do que nos fere, nos envergonha ou assusta que começamos, de fato, a nos conhecer. E assim, passo a passo, aprendemos a sustentar com totalidade quem somos de verdade. Sem máscaras, sem idealizações. O trabalho analítico nos convida a esse encontro sincero com tudo o que somos, inclusive o que foi rejeitado. Quando a sombra pode ser olhada, ela deixa de nos dominar por trás. E nesse gesto ético de escuta e amor, nasce a liberdade de ser.
Muito interessante esse texto sobre a “sombra”. A ideia de que temos uma parte da gente que a gente esconde ou nega, mas que não desaparece e insiste em aparecer de outras formas na nossa vida, faz bastante sentido, mesmo sem ser especialista no assunto.
Dá o que pensar sobre essas partes que a gente não gosta ou tem vergonha em nós mesmos e como é importante, por mais difícil que seja, olhar para elas em vez de fingir que não existem. Parece que é um caminho para se entender melhor e, no fim das contas, se aceitar mais. É uma reflexão profunda!
Amo seu conteúdo! Acrescenta muito em minha vida pessoal e profissional! Parabéns
Leia vice sempre perfeita nas sua análisessempre acerta na mosca parece feito pra mim,mas muita gente se enquadra,pelo que entendi reconhecer minha própria sombra é confrontar parte de mim mesmo que podem não ser aceitáveis e creio que tenho muito para melhorar neste quesito, para que eu tenha maior entendimento de meus comportamentos e emoções e crescimento pessoal. 🙌
Parabéns Léia, ajudar o próximo a conhecer a si mesmo é um dom que Deus te deu.
Fantástico! A nossa mente é nosso maior aliado mas também pode ser um esconderijo da auto sabotagem.
Conteúdo excelente!! Parabéns…
Parabéns, Léia, por mergulhar na reflexão sobre Nossas Sombras: O Inconsciente que Insiste em Existir.
Como você bem destaca, a sombra não se resume ao “mal” reprimido, mas abrange tudo que negamos em nós para sermos aceitos. São partes rejeitadas, potencialidades abandonadas, verdades silenciadas — tudo que o Eu excluiu em nome do amor alheio.
Que essa consciência nos liberte, pois, ao integrar nossas sombras, não nos tornamos mais escuros, mas mais inteiros.
Excelente reflexão!
Muito bom! Excelente!!
Assunto importantíssimo para ser abordado e para refletir. Temos que conseguir dar mais atenção e reconhecer as nossas sombras para não nos travar e sabotar. Sabendo reconhecer e tratando-as conseguimos nos libertar e desenvolver muito mais nossas vidas. É libertador! Amei a abordagem! Amo acompanhar seus conteúdos, Leia. Você é uma excelente profissional!
Muito bom.
Interessante o tema
Caramba, que conteúdo interessante. Traz muitos pontos de reflexão. Muito obrigada!
Ótima reflexão. Conteúdo enriquecedor. Parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻
Muito bom texto!
Processo de aceitação é árduo, mas necessário.
Muito bom.
Ótimo tema para refletir.
Muito bom o texto!
Muito interessante a reflexão.
A própria escolha do tema em questão nos revela o cuidado e a dedicação da autora no decorrer de seu discurso. Sinaliza com muita propriedade que quando entendemos o que nos atravessa a ressignificação acontece. Excelente e esclarecedora sua matéria! Parabéns pelo singular trabalho Léia Nametala!!!
A própria escolha do tema em questão nos revela o cuidado e a dedicação da autora no decorrer de seu discurso. Sinaliza com muita propriedade que quando entendemos o que nos atravessa a ressignificação acontece. Excelente e esclarecedora sua matéria! Parabéns pelo singular trabalho Léia Nametala!!!
Texto profundo e necessário. Refletir sobre a sombra é um ato de coragem e autocompaixão.
Um ato de coragem. Tema de suma importância. Obgda. e parabéns!